Em Nova Olinda do Maranhão, o prefeito Ary Menezes resolveu agir como se o município fosse extensão da sua vontade e adotou uma postura coronelista para tentar conter até mesmo uma simples comemoração da oposição. Dias depois de a Justiça declarar a cassação do seu mandato — embora ele siga no cargo enquanto o processo corre —, o gestor publicou um decreto proibindo a venda, a queima e até a comercialização de fogos de artifício em todo o município.
O decreto, divulgado no dia 1º de setembro, prevê multas de até R$ 3 mil e apreensão imediata do material irregular. Oficialmente, a medida foi embalada com justificativas nobres: proteção ambiental, saúde pública e inclusão social. Mas, nos bastidores, a interpretação é bem diferente: Ary Menezes estaria, na verdade, tentando calar o barulho das comemorações da oposição, que festejou a decisão judicial com gosto.
O que poderia ser chamado de “Decreto do Silêncio” é um ato movido por pressão política e incômodo pessoal diante das celebrações que ecoaram pela cidade. A birra política foi tão intensa que até o padre da paróquia acabou sendo afetado: nos festejos religiosos, fogueteiro agora só com muita reza. “Avisa o padre que não pode ter foguetes na festa!”, ironizam os moradores.
Enquanto o recurso segue em análise, o clima político em Nova Olinda está cada vez mais acirrado. De um lado, um prefeito tentando manter o cargo e controlar a narrativa; do outro, uma oposição que promete não se calar — mesmo que seja sem fogos.
Veja a ordem do chefe da cidade:


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